3 de dez. de 2013

Abrindo a discussão acerca da produção

Corro o risco de falar a maior besteira, mas quem não corre riscos não aproveita e possivelmente não colherá bons frutos. Medianos, talvez, mas não bons o bastante. 

Enfim, porque escrevo? 

Acabo de ler um post no blog do Moreno Barros, bibliotecário e professor da UFRJ (corrijam-me se estiver errado). Enquanto lia, percebi que não sou só eu e alguns estudantes e professores de Biblioteconomia que se sentem incomodados com esta realidade. Que realidade? Leia o post.

Quem não está cansado de ler textos sempre com citações dos mesmos autores? Quem não está cansado de precisar falar do que já existe e é falado por 'n' outros acadêmicos só porque sente o receio de não ser aceito? Ok, talvez eu esteja exagerando.

Não, não estou. 

Tudo o que digo originou-se de observações e leituras. De citações e autores exaustivamente tomados como os Pai Meis de um assunto ou outro. Ou seja, se você pensa em questionar, confrontar ou até mesmo debater, você será massacrado e, quem sabe, execrado da comunidade biblioteconômica.

Em algumas aulas já procurei discutir com professores sobre determinados assuntos e parece que não há muita margem para argumentações que não sejam de apoio ou puxa-saquismo. Uma pena.

Não há produção na área de Biblioteconomia. O que há é re-produção. Estamos cansados de citações, citações de citações, apuds e citação indiretas sempre sobre os mesmos autores e assuntos. Como diz o professor Briquet de Lemos, precisamos de pessoas que produzam e que escrevam. Precisamos de coisas novas. Até aí, todo mundo sabe disso. 

A pergunta é: você vai se prestar a produzir algo (correndo o risco de ser ridicularizado) ou vai esperar sentado e continuar a re-produzir sempre a mesma ladainha?

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