23 de jan. de 2014

Big deal, man!

Você consegue perceber que qualquer coisa que aconteça atualmente e cause alguma mínima polêmica acaba permeada de atitudes e posicionamentos políticos sejam de esquerda ou direita? 

Acho curioso essa coisa de pseudopolitização exarcebada. Tome como exemplo o caso recente dos rolézinhos. Os  garotos só queriam passear e azarar uma minas, nada demais. Daí, por algum fato isolado ou outro, a elite frequentadora dos shoppings - áreas da prática dos rolezinhos - se incomodou e resolveu intervir com a ajuda da polícia e da justiça, legitimando a proibição de que qualquer cidadão que se encaixe no perfil dos rolezeiros frequente o shopping. Um absurdo, isso é segregar, é dividir, etc e tal. Com isso todo mundo concorda. Agora a esquerda falar que o rolé da rapaziada foi uma manifestação político-social por mais lugares que promovam a cultura é exagero. Assim como a direita dizendo que isso é uma sei-lá-o-que contra o capitalismo, um motim, uma arruaça é outro exagero, maior até.

Será que tudo agora precisa ter um viés político de esquerda ou direita? Não pode ser nada livre de ideologias? Será que o cidadão não pode viver e exercer seus direitos/deveres sem ter que pensar se isso é mais pra esquerda ou mais pra direita? O brasileiro tem o direito de usufruir de sua liberdade de expressão e exigir o que acha certo para si ou para um conjunto de indivíduos apenas por acreditar ser certo sem precisar se basear no que algum filósofo, sociólogo, etc. disse há tempos atrás. Até porque esse mesmo filósofo, sociólogo, etc. foi/é um cidadão antes de qualquer outra coisa.

Meu querido brasileiro, antes de ser de esquerda, de centro, centro-esquerda, ponta-direita, volante ou direita, seja cidadão. Isso é o que importa, na minha humilde opinião.

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