28 de fev. de 2011

Verdades.

Norman Rockwell - EUA

No dia 13 de Fevereiro de 2011 fiquei sabendo que havia passado pro curso de biblioteconomia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Fiquei muito surpreso a animado, então corri com os documentos necessários para a pré-matrícula que foi no dias 15 e 16.

Meus amigos e minha família ficaram muito felizes, me apoiaram e disseram coisas que vou carregar comigo sempre. Tudo isso me deixou muito ansioso e positivo, tirando o fato de que no meu histórico familiar sou o segundo a entrar em uma faculdade e o primeiro a entrar em uma pública. Meu pai foi o primeiro, cursou um período de direito na Gama Filho. Mas a ansiedade passou, e há uma sensação estranha me incomodando.

Paulo Siqueira - BRA
Eu cresci com meu avô paterno, já falecido, pedindo saúde à DEUS pra me ver formado. Todo dia ele dizia isso. Queria me ver formado, queria me ver recebendo o diploma. Essas coisas.

Bem, eu passei e aposto que esteja onde estiver ele está feliz assim como as minhas duas avós, também falecidas, estão.
Todas essas lembranças e o apoio que recebo servem de gatilho para que eu entre na faculdade sorrindo e feliz da vida, sem ao menos hesitar, mas eu, hoje, hesito.

Eduardo Risso - ARG
Eu estava pra me formar no Colégio Pedro II, colégio tradicional do RJ, e via a maioria dos meus colegas prestando vestibular, fazendo ENEM, entre outras coisas. Nada disso me interessava, talvez pela imaturidade, inexperiência, mas e hoje? Ainda mantenho boa parte desse pensamento na ‘cachola’. Nunca quis ser médico, engenheiro, advogado e muito menos bibliotecário (???).  
Daí você vem e me pergunta: Mas Aldo você fez DOIS anos de curso pré-vestibular, gastou dinheiro pra NADA?  Pra nada, não. Hoje me dou conta de que o propósito principal foi pra conhecer pessoas e conheci. Vestibular seria, e foi, conseqüência.

A ‘verdade verdadeira’ é que sempre pretendi e ainda pretendo me tornar ilustrador e a faculdade seria meio ‘perda de tempo’ já que não há nada realmente voltado pra ilustração em si. Isso explica a existência de cursos de especialização sem vínculo algum com universidades ou coisa parecida, com exceções (a maioria das exceções se situa em SP), é claro.

O mercado de ilustração, quadrinhos é bem árduo, eu sei. Mas é o que realmente sempre desejei. Não há outra coisa (no sentido profissional) que eu goste tanto quanto.  Talvez a faculdade me ajude a chegar lá algum modo. Nunca se sabe.

Beijos e Abraços.

Abaixo estão algumas influências que ajudaram e decidir o que fazer:



1. Bill Watterson: Impossível não citar este cara. A ganância de outros o fez parar. Uma pena.
2. Quino: Cartunista argentino. Um clássico.
3. Laerte: Para mim, um dos melhores. Suas piadas são geniais. 
4. Quinho: Cartunista e caricaturista brasileiro. 
5. Adam Hughes: Artista de quadrinhos. Está entre os mais amados e admirados. 
6. Millôr Fernandes: Sou suspeito pra falar deste cara. 
7. Charles Schulz: Criador de personagens amáveis como Snoopy, Charlie Brown, entre outros. 
8. Eduardo Risso: Gênio da narrativa. 
9. Octavio Cariello: Artista brasileiro completo. 
10, Roger Cruz: Quadrinista brasileiro.
11. Pixar: Preciso falar?
12. Colégio Pedro II: Pedro II tudo ou nada? Tabuada...
13. Colégio e Curso Keppler: Só quem fez sabe. 
14. Anos 90.

5 comentários:

marina, disse...

Colégio e Curso Keppler: Só quem fez sabe!
Melhor do que a faculdade esse curso me proporcionou os amigos da minha vida.as melhores pessoas que conheci, outras nem tão boas, mas sempre valeu a pena.EU ACREDITO no seu trabalho,vai valer a pena tudo o que se empenhar em fazer. NÃO SE ESQUEÇA DE UMA COISA : ainda nos esbarraremos num corredor de editora de revista. Até lá amigo.

Unknown disse...

Assisti uma entrevista de um rapaz de minha cidade que faz caricatura. Na entrevista ele citou o árduo trabalho para quem gosta... Mas nada é impossível. Acredito que quando gostamos realmente de fazer uma coisa e colocamos toda nossa paixão nela o Universo conspira a nosso favor. Parabéns pela Faculdade. Mas nunca perca seu foco e seus sonhos.
Beijos

disse...

Oi, Aldo!

Parabéns por ter passado na facul! XD E mesmo que vc estude outra coisa, não deixe de fazer o que vc gosta, ilustrações.

Como a Patt disse "nada é impossível"

Tudo é possível, até mesmo o impossível!

Muita sorte pra vc!

Bjos

Lucas disse...

Aldo,
eu sei que esse não é e que não há nenhum curso que queira fazer numa faculdade.
Por ter esse sonho de se tornar ilustrador e por não deixá-lo morrer já acho você um cara muito corajoso. Não sei se teria coragem pra isso.

Só acho que nem todo mundo faz na faculdade o que realmente o faz feliz. Às vezes, é preciso ser racional e pensar que você precisa e precisará de uma renda.

Boa sorte com esse início, com a busca por um emprego compatível e vamos marcar alguma coisa no carnaval, nem que seja um bloco aí ou aqui por perto.

PriViotto disse...

Parabéns Aldo!!
Mesmo que exista esse dilema, encare da seguinte forma: faculdade não é para formar profissionais, isso é uma visão errada dos estudos.
Faculdade é conhecimento, é descobrir coisas que você gosta relacionado a determinada área.
Fiz minha primeira faculdade pensando em ter uma carreira profissional promissora em RH.
É sim, me arrependo. Se pudesse voltar no tempo não teria terminado a faculdade. Sinto que não sou completa, e não gosto da área profissional onde estudei, não exerço ela e sinceramente? Perdi a vontade de exercer ahahhaha
Me sinto mega perdida, mas acho que vou me encontrar logo...assim espero.

Beijos, Pri Viotto